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A menopausa é caracterizada pela parada do funcionamento dos ovários: os óvulos não são mais produzidos e os ciclos menstruais são interrompidos. Esse quadro geralmente acontece entre os 45 e 55 anos de idade, no entanto, algumas mulheres podem apresentar os sintomas da menopausa bem antes que o “normal” e são diagnosticadas com a chamada menopausa precoce.

Quando uma mulher com idade inferior a 35 anos está sem apresentar ciclos menstruais há pelo menos um ano, ela pode ter menopausa precoce. Não é muito comum, mas cerca de 1% a 3% das mulheres apresentam menopausa precoce e esse quadro pode ocorrer desde a adolescência, embora a incidência seja maior em mulheres adultas. Estima-se que uma em cada mil mulheres com 30 anos apresenta o quadro.

Alguns sintomas comuns na menopausa precoce são: dores de cabeça frequentes, irritabilidade sem causa aparente, mudanças repentinas de humor, suor excessivo, suor noturno e alterações na pele e nos cabelos. É comum também que a mulher apresente dificuldades em ter relações sexuais, devido ao ressecamento vaginal e diminuição da libido.

Ficar um ano sem menstruar não significa, necessariamente, que a mulher está na menopausa, pois outras situações e distúrbios podem levar à interrupção da menstruação. Mas, ao apresentar esses sintomas, consulte seu médico para ter uma melhor orientação e descobrir a causa do problema.

A menopausa precoce pode ocorrer por histórico familiar, tabagismo, laqueadura tubária, infecções bacterianas, quimioterapia ou radioterapia. O uso de medicamentos para diabetes, endometriose e inflamações na tireoide também podem ser apontado como causa da menopausa precoce.

Não há como impedir a menopausa precoce. É possível, no entanto, fazer um diagnóstico com antecedência, caso a mulher tenha um histórico familiar de menopausa precoce ou uma doença relacionada com o surgimento do quadro. Se a pessoa não tem histórico, normalmente ela só procura o médico com o quadro de falência ovariana instalado – e esse é um quadro em que não se consegue estimular o ovário, então a mulher não consegue engravidar.

Na idade normal ou precocemente, a menopausa vai influenciar no processo reprodutivo pela falta de óvulos. Como o nível de hormônios essenciais para a gravidez cai, a gravidez por meios naturais torna-se impossível. A boa notícia é que existem alternativas de tratamento em reprodução assistida para as mulheres com menopausa precoce. O tratamento de Fertilização in Vitro tem as mesmas taxas de sucesso nessas mulheres.

Se a mulher não tiver entrado definitivamente na menopausa precoce (isto é, está apresentado um quadro de insuficiência ovariana, mas ainda produz hormônios necessários para a gravidez) é possível engravidar naturalmente, embora seja mais difícil. Por isso, uma medida para mulheres que apresentam quadro de insuficiência ovariana, mas não querem engravidar no momento, é prevenir a fertilidade com o congelamento de embriões ou óvulos para uma gravidez futura.

Quando o diagnóstico não é feito precocemente, há ainda a possibilidade da doação de óvulos. É feito antes o tratamento de reposição hormonal com medicação via oral para recuperar a dimensão do útero – que costuma ficar reduzido. Por volta de dois a três meses, o útero já atingiu o tamanho normal e a taxa de gravidez é igual.

A Fertilização in Vitro com óvulos de uma doadora anônima é a escolha mais adequada, uma vez que não existem mecanismos que façam o ovário voltar a fabricar óvulos. Trata-se de um tratamento seguro, com ótimas taxas de sucesso, porém, com algumas limitações que precisam ser conversadas com o médico, principalmente no que diz respeito à passagem de material genético da mãe para o bebê. Apesar desta questão, é um tratamento com ótima aceitação pelas pacientes, ótimos resultados, previsto em lei e possibilita uma gestação normal.

Leia mais: Menopausa precoce impossibilita gravidez natural.

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